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Desde o 1º caso, há 6 meses, Brasil teve uma morte por Covid-19 a cada 2,2 minutos

Do dia 26 de fevereiro até agora, já são seis meses (exatamente, 182 dias) em que o vírus SARS-coV-2 circula pelo Brasil, deixando um rastro de preocupação e sofrimento por onde passa. Nas últimas 4.368 horas, o país contabilizou 3.717.156 contaminados e 117.665 óbitos causados pela Covid-19, segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na tarde dessa quarta-feira (26/8).


A equipe do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, fez a conta: desde que o vírus desembarcou por aqui, houve, em média, uma morte a cada 2,2 minutos e um novo caso a cada 4 segundos.

Nesse tempo, as 26 unidades da Federação e o Distrito Federal foram atingidos. O que começou em São Paulo, cidade com 12,2 milhões habitantes, chegou a 5.542 municípios, 99,5% dos registrados pelo IBGE. Até Serra da Saudade (MG), uma das menores cidades do Brasil, com 781 habitantes, recebeu o visitante indesejado. Com o avanço do vírus, o país soma 15,4% de todos os infectados do mundo.

No primeiro mês, 77 brasileiros foram enterrados. Em dois meses, 4.205. No quarto, com mais de 55,9 mil mortos, ultrapassamos a quantidade de óbitos da Itália, um dos epicentros da doença no início da pandemia. Agora, o país entra na estatística como o segundo em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos.

A curva que mede a evolução da quantidade de falecimentos no Brasil está, há 14 semanas, em uma aparente estabilização, algo que os pesquisadores chamam de platô. Porém, o país estacionou em um patamar elevado de número de mortes. Há 2 meses, o menor indicador médio diário foi de 937 óbitos, computados nos últimos 7 dias.

Em busca de esperança, é preciso contar os recuperados. Já são 2.908.848 brasileiros que venceram a batalha.

Desemprego em meio ao caos

A chegada do coronavírus no Brasil exigiu medidas extremas: cancelamento de eventos, aeroportos fechados, shoppings com portas trancadas e, sobretudo, zero contato social. O que duraria, de início, 15 dias ainda não chegou ao fim.

Se, por um lado, o distanciamento social retardou o vírus, por outro, aumentou o desemprego. Pelo menos três milhões de pessoas ficaram sem trabalho devido à pandemia, calcula o IBGE. A taxa de desocupação chegou a 13,7% na quarta semana de julho – dado mais recente –, atingindo 12,9 milhões de cidadãs e cidadãos. Na primeira semana de maio, quando a pesquisa teve início, 9,8 milhões estavam sem trabalho.

Na tentativa de contornar a situação, o governo federal adotou medidas emergenciais para ajudar a população a atravessar a crise. De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, até hoje, 95,5 milhões de pessoas receberam algum recurso federal, considerando auxílio emergencial, saque emergencial do FGTS e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). No total, foram R$ 202,8 bilhões.

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