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Feminicídio sem respostas no município de Belágua/MA revolta familiares, que clamam por justiça

Antenor Ferreira 

Fui surpreendido por um pedido de socorro e justiça de uma humilde família do município de Belágua/MA, que nesse momento encontra-se enlutada diante do assassinato brutal da jovem Maria José Cabral da Silva, 27 anos, encontrada morta dia 18 de Dezembro do último ano. 

Maria José, morta brutalmente em dezembro do último ano 

Maria José foi vista pela última vez dia 12 de Dezembro, por volta das 16h, na companhia de um homem identificado como Francisco de Assis Simões, apontado como o principal suspeito do crime, 
que reside no povoado Baixa D'água, zona rural de Urbano Santos, com quem a vítima vinha se relacionando há pelo menos 5 meses. 

Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela família, Maria teria comentado algumas vezes que estava sendo ameaçada pelo suspeito, e que esse teria afirmado que a mataria com um tiro na testa, caso a deixasse. Veja: 

Boletim registrado na Delegacia de Polícia Civil de Urbano Santos (Clique para ampliar) 

A versão do suspeito é de que teria deixado a jovem em um posto de combustível em Urbano Santos. Na manhã seguinte ao sumiço o próprio foi a residência dos familiares de Maria, onde informou que a vítima teria ido para o município de Buriticupu, e que se algo a acontecesse ele não seria o culpado.  

Maria José teria uma leve deficiência mental, segundo os familiares, e de fato pretendia fazer uma viagem para Buriticupu. A família acha que o objetivo dela era justamente por fim ao romance, já que havia descoberto que o suspeito era casado. 

O homem ofereceu uma carona a jovem, e infelizmente essa foi sua última. 

O corpo de Maria foi encontrado seis dias após ser vista pela última vez, já em avançado estado de decomposição, em meio a uma plantação de eucalipto no povoado Centro Seco. A família denuncia o desinteresse das autoridades policiais do município e da Polícia Civil de Urbano Santos, responsável pelas investigações do caso. 

Eles alegam que a Polícia fez pouco caso, tão somente recolheram o corpo e não fizeram qualquer investigação ou procedimento mais apurado. Foi a mãe da vítima, Maria do Nascimento Cabral da Silva, que encontrou sua bolsa, enterrada próximo onde estava seu corpo. 

Bolsa com pertences de Maria estava enterrada próximo do seu corpo 

Buraco em que os pertences da vítima foram encontrados 

A polícia teria se negado a fazer buscas mais apuradas na área, o que levou a família a agir por conta própria, diante da dor e ausência de respostas. 

Desde então uma interminável procissão a Delegacia de Polícia Civil de Urbano Santos foi iniciada, em busca de respostas sobre o caso. Infelizmente até o momento persiste apenas o sofrimento. 

Segundo a família, a Polícia não repassa informações, se nega a intimar o suspeito, que estaria vivendo tranquilamente e rindo em bares da triste situação. Até mesmo os telefonemas em busca de informações passaram a ser ignorados. 

A última informação que a família teve, repassada não pelo delegado, mas sim por um escrivão, é que o caso estaria sendo entregue à juíza da comarca de Urbano Santos. 

Como último apelo, além de solicitar nossa ajuda, a família estará indo nesta segunda-feira (18), a Promotoria de Justiça de Urbano Santos, para pedir intervenção no caso. 

Esperamos que através desta publicação, que será distribuída por todo o Maranhão, haja respostas e a justiça seja feita. 

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